O
fundador do portal Megaupload, Kim Dotcom, propôs nesta terça-feira ir
voluntariamente aos Estados Unidos para ser julgado por suposta
pirataria na internet e outros delitos em troca do desbloqueio de suas
contas e de que receba liberdade condicional em território americano.
"Nós iremos aos Estados Unidos. Não há necessidade de uma extradição.
Queremos liberdade condicional e que descongelem as contas para os
advogados e os custos de vida", comentou Dotcom no Twitter. O fundador
do Megaupload também disse que ele e os três executivos do site, que
aguardam o processo de extradição em liberdade condicional na Nova
Zelândia, estão dispostos a ir aos EUA caso tenham garantido, além de
acesso às contas correntes, um julgamento justo. "Mas eles nunca
aceitarão isso porque já sabem que não podem ganhar este caso", ponderou
Dotcom em declarações publicadas pelo jornal New Zealand Herald.
A proposta foi feita um dia depois do adiamento para 25 de março de
2012 do início do processo sobre o pedido de extradição aos EUA, que
estava programado para o próximo mês.
Dotcom confessou ao New Zealand Herald
que as batalhas e a demora no caso prejudicaram sua capacidade para
pagar as faturas dos 22 advogados que defendem sua inocência em diversos
casos em vários países. "Eles sabem que por cada movimento que eles
fazem eu tenho que acionar meus advogados. Fazem isso para que eu não
tenha a oportunidade de me defender a longo prazo", criticou. Os EUA
querem julgar um total de sete diretores do Megaupload, entre eles
quatro que foram detidos na Nova Zelândia por supostos delitos
relacionados com pirataria na internet, crime organizado e lavagem de
dinheiro. (EFE / Terra) Fontes: Voz da Bahia
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