sábado, 14 de julho de 2012
Caminhoneiros ameaçam parar o Brasil com greve no dia 25
Um movimento nacional dos caminhoneiros marcou para o dia 25 deste mês
uma greve geral da categoria. Sindicalistas dizem que o objetivo é parar
o máximo dos 600 mil caminhões que circulam pelo País, segundo
estimativas próprias. Eles reivindicam queda nos pedágios e uma
reavaliação por parte da Agência Nacional de Transportes Terrestres dos
registros das empresas transportadoras que estão sendo montadas através
de motoristas autônomos com base em um novo sistema definido pelo
governo federal. O movimento alega que essas companhias estariam
prejudicando o mercado.
Segundo o Movimento União Brasil Caminhoneiro (MUBC), o valor do frete
na maioria dos casos não cobre nem os custos de manutenção dos veículos.
Para a entidade, esse baixo valor é referente à alteração na
legislação, feita pela ANTT, que ocasionou diminuição nos valores a
serem estabelecidos pelos contratantes. Diante disso, para não perder a
viagem, o caminhoneiro estaria sendo obrigado a aceitar os baixos
valores oferecidos.
Alessandra Macedo, coordenadora nacional do movimento - que tem sede no
Rio de Janeiro -, diz que a divulgação da greve está sendo feita por
meio da internet, de panfletos e por meio de sindicatos e associações
espalhadas por municípios do país todo. Ela contou que o 25 de julho foi
escolhido por se tratar do Dia de São Cristóvão, o padroeiro dos
motoristas. De acordo com ela, ainda não há uma estimativa sobre a
adesão da categoria, mas o objetivo é parar o máximo de caminhões
possível.
A greve também quer chamar a atenção para a nova lei que regulamenta a
profissão de motorista. Outro ponto reclamado pelos caminhoneiros é o
chamado "cartão frete", que estabelece que cooperados ou agregados de
cooperativas somente poderão prestar serviços exclusivos para as
entidades a que estiverem vinculados. Sindicalistas argumentam que isso
impossibilita a venda de fretes e compromete as atividades dos
profissionais autônomos da área.
Os representantes das empresas dizem que não foram comunicados
oficialmente sobre a paralisação. No Estado de São Paulo, o Sindicato
das Empresas de Transportes de Carga informou que soube dessa greve pela
imprensa. Segundo Leonardo Andrade, assessor de comunicação da
entidade, os problemas citados pelos motoristas são mais comuns em
Estados com Mato Grosso e Pará. Mas, indagado se as empresas paulistas
também deverão ser prejudicadas, confirmou que provavelmente sim. As
informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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